Nos últimos anos, a Avenida Soares Lopes, considerada a área mais valorizada de Ilhéus, sofreu uma ocupação desordenada sem precedentes. Esse fenômeno, impulsionado pelo desemprego e pela informalidade, foi ainda mais agravado durante períodos eleitorais, quando alguns políticos, parafraseando o cantor Zeca Pagodinho, preferiram "deixar a vida me levar", adotando uma postura de omissão diante da favelização dos espaços públicos.
Diante dessa realidade, torna-se essencial uma ação concreta para organizar o local. Uma alternativa viável seria a criação de uma praça de alimentação exclusiva para food trucks, na área ao lado das quadras de tênis, mediante pagamento de alvarás de funcionamento, vigilância sanitária e taxa de uso do solo. Essa medida não apenas traria organização, mas também impulsionaria a economia local, transformando a avenida em um verdadeiro polo gastronômico de fast food.
Além disso, o secretário de Serviços Urbanos, Carlos Machado, e o superintendente Gabriel precisam atuar com urgência na fiscalização da ocupação irregular, atrás da placa "Eu te amo Ilhéus". Hoje, o local abriga uma grande quantidade de toldos e barracas, além de resíduos sólidos "Lixo" e sanitário químico descartado de forma inadequada, sabendo se lá como se trata isso, contribuindo para a proliferação de mosquitos da dengue, moscas e muriçocas, além de um forte odor insuportável.
Vale ressaltar que o prefeito Valderico tem demonstrado iniciativa ao adotar medidas recomendadas por equipes técnicas da empresa da irmã do deputado Leur Lomanto, senhora Duda Lomanto, dentro dos primeiros 100 dias de governo. No entanto, é fundamental manter a firmeza nessas ações para evitar discursos vazios, repetitivos e pedidos políticos que possam comprometer a tão necessária reordenação do espaço público. Afinal, sem uma postura firme, o ordenamento tão sonhado pelo governo da renovação pode ir literalmente para o brejo.
Outro ponto crítico é a Avenida Litorânea Norte, próxima ao Barra Vento, onde os toldos ocupam praticamente toda a área. A questão não é impedir a atividade comercial, mas garantir que ela seja regulamentada, com alvarás de funcionamento, fiscalização sanitária e pagamento da taxa de uso do solo.
A fiscalização e ordenação desses espaços trarão não apenas mais dignidade e organização à cidade, mas também aumento nas Receitas Correntes. Esse, sim, seria um verdadeiro passo para a renovação que Ilhéus precisa.
Manoelito Puentes, O Futuro Será Bem Melhor.
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