A Biblioteca Municipal General Osório, um templo de conhecimento e cultura, hoje está reduzida a um retrato do abandono que Ilhéus enfrenta. De suas paredes brotam infiltrações, suas prateleiras acumulam poeira, e seu acervo agoniza no esquecimento. O que um dia foi um refúgio de saber para estudantes e leitores agora é mais uma obra inacabada da administração Marão, um governo que fez questão de deixar capítulos inteiros da história de Ilhéus no rascunho.
Nas ruas, o estado deplorável da biblioteca já virou piada. Há quem diga que ela é o "livro didático" da gestão Marão, com lições práticas de descaso, incompetência e negligência. A ironia é que, enquanto os livros mofam nas estantes, a educação pública e a cultura local seguem sendo apagadas da memória coletiva, página por página.
Das Prateleiras à Vergonha Pública
O abandono da Biblioteca General Osório não é apenas um problema estrutural. É um reflexo do desprezo de uma gestão pelo futuro intelectual de sua população. Um espaço que deveria ser um símbolo de aprendizado virou uma metáfora cruel de um governo que prefere arquivar responsabilidades.
E, como se não bastasse o abandono, o governo Marão pretende encerrar seu ciclo entregando as chaves da biblioteca – literalmente fechando as portas do conhecimento e assinando seu atestado de maior retrocesso. A General Osório, que já foi orgulho de Ilhéus, agora é um testemunho da arrogância de uma gestão que apostou no poder pelo poder. Um governo que acreditou que, fazendo o mínimo, seria aclamado pelo máximo.
O prefeito, cego pela soberba, agiu como se fosse invencível, como se a cidade o seguisse incondicionalmente, independentemente do abandono escancarado. Mas Ilhéus mostrou que não é feito de folhas em branco e que a história é escrita pelo povo – não pelos que se acomodam no trono.
Graças a Deus, Viramos a Página
Apesar do abandono, o futuro promete ser diferente. Neste Natal, Ilhéus ganhou mais do que árvores nos prédios públicos ou promessas vazias. Graças ao bom Deus – e talvez ao Papai Noel – a cidade optou pela renovação. Um novo prefeito assume o desafio de restaurar a dignidade de espaços como a Biblioteca General Osório, de trazer luz à educação e de devolver à cultura o papel que ela merece.
A biblioteca, hoje um símbolo de vergonha, pode e deve se transformar em um símbolo de recomeço. Que as páginas do abandono sejam arrancadas e substituídas por capítulos de progresso. Porque, em Ilhéus, o povo decidiu virar a página – e o próximo capítulo, certamente, será muito melhor escrito.