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Mostrando postagens de dezembro, 2024

Editorial: Biblioteca Municipal General Osório – A História que o Governo Marão Rasgou

 A Biblioteca Municipal General Osório, um templo de conhecimento e cultura, hoje está reduzida a um retrato do abandono que Ilhéus enfrenta. De suas paredes brotam infiltrações, suas prateleiras acumulam poeira, e seu acervo agoniza no esquecimento. O que um dia foi um refúgio de saber para estudantes e leitores agora é mais uma obra inacabada da administração Marão, um governo que fez questão de deixar capítulos inteiros da história de Ilhéus no rascunho.

Nas ruas, o estado deplorável da biblioteca já virou piada. Há quem diga que ela é o "livro didático" da gestão Marão, com lições práticas de descaso, incompetência e negligência. A ironia é que, enquanto os livros mofam nas estantes, a educação pública e a cultura local seguem sendo apagadas da memória coletiva, página por página.

Das Prateleiras à Vergonha Pública

O abandono da Biblioteca General Osório não é apenas um problema estrutural. É um reflexo do desprezo de uma gestão pelo futuro intelectual de sua população. Um espaço que deveria ser um símbolo de aprendizado virou uma metáfora cruel de um governo que prefere arquivar responsabilidades.

E, como se não bastasse o abandono, o governo Marão pretende encerrar seu ciclo entregando as chaves da biblioteca – literalmente fechando as portas do conhecimento e assinando seu atestado de maior retrocesso. A General Osório, que já foi orgulho de Ilhéus, agora é um testemunho da arrogância de uma gestão que apostou no poder pelo poder. Um governo que acreditou que, fazendo o mínimo, seria aclamado pelo máximo.

O prefeito, cego pela soberba, agiu como se fosse invencível, como se a cidade o seguisse incondicionalmente, independentemente do abandono escancarado. Mas Ilhéus mostrou que não é feito de folhas em branco e que a história é escrita pelo povo – não pelos que se acomodam no trono.

Graças a Deus, Viramos a Página

Apesar do abandono, o futuro promete ser diferente. Neste Natal, Ilhéus ganhou mais do que árvores nos prédios públicos ou promessas vazias. Graças ao bom Deus – e talvez ao Papai Noel – a cidade optou pela renovação. Um novo prefeito assume o desafio de restaurar a dignidade de espaços como a Biblioteca General Osório, de trazer luz à educação e de devolver à cultura o papel que ela merece.

A biblioteca, hoje um símbolo de vergonha, pode e deve se transformar em um símbolo de recomeço. Que as páginas do abandono sejam arrancadas e substituídas por capítulos de progresso. Porque, em Ilhéus, o povo decidiu virar a página – e o próximo capítulo, certamente, será muito melhor escrito.

Ilhéus Pode Perder R$ 1,6 Milhão Destinado à Cultura com Prazo Final Amanhã


 A cidade de Ilhéus recebeu, há mais de dois anos, R$ 1,6 milhão pela Lei Paulo Gustavo, destinados ao incentivo de ações culturais no município. Contudo, o dinheiro permanece parado na conta da Prefeitura, e o prazo para execução termina amanhã, 30 de dezembro. Caso não seja utilizado, os valores retornarão aos cofres da União, causando um impacto significativo na cultura local.  


O processo para liberação da verba foi conturbado. O primeiro edital foi cancelado sob suspeita de fraude, gerando atraso e desconfiança. Após reformulações, o segundo edital foi lançado com todos os trâmites legais concluídos, e os projetos aprovados já estão na tesouraria municipal. Ainda assim, não há qualquer movimentação indicando que o pagamento será efetuado.  

Prejuízo Cultural

O recurso é parte do maior repasse já feito pelo Governo Federal para o setor cultural, uma iniciativa criada para mitigar os impactos da pandemia na área artística. A perda desse montante seria um golpe devastador para a cultura de Ilhéus, que historicamente é reconhecida como um dos polos culturais da Bahia, berço de Jorge Amado e rica em manifestações populares.  

Artistas e produtores locais lamentam a possível devolução dos recursos. “Isso é mais do que um descaso administrativo, é um ataque à sobrevivência da nossa identidade cultural. Os projetos aprovados seriam fundamentais para fomentar a arte local e gerar oportunidades”, comentou um produtor cultural da região.  

Prazo Final

A Lei Paulo Gustavo estipula que, ao fim do prazo de execução, os recursos remanescentes devem ser devolvidos à União. Em Ilhéus, o silêncio da gestão municipal sobre o tema preocupa. O setor cultural aguarda um posicionamento de última hora para evitar que a verba seja perdida.  

Enquanto outras cidades conseguiram executar os projetos com sucesso, Ilhéus pode ficar para trás. Resta saber se haverá uma reviravolta de última hora ou se o município será lembrado como um exemplo negativo de gestão cultural.

Quem não cumpre o que promete deve cobrar imparcialidade da imprensa?

Recentemente, um representante da comunicação de uma autarquia específica lançou críticas veladas a alguns veículos de imprensa, cobrando o que chama de “imparcialidade”. Mas será que quem não cumpre o que promete tem moral para questionar o papel da mídia?

Assim como qualquer outro negócio, veículos de comunicação têm despesas. Padarias vendem pão, farmácias vendem remédios, e meios de comunicação sobrevivem por meio da publicidade que vendem. É necessário ter clareza de que, por mais que se busque imparcialidade, todo ser humano é inclinado a uma direção – único neutro é sabão.

No campo político, assim como um eleito distribui cargos comissionados com base em afinidades e acordos, é comum que veículos de comunicação ajustem suas pautas em função de suas relações políticas. E não há problema algum nisso, desde que seja pautado na verdade. O que não se pode tolerar é a disseminação de fake news.

Por outro lado, o que realmente fere a credibilidade é a falta de compromisso com promessas feitas. Contratos firmados sem responsabilidade e a ausência de critérios para a escolha de parceiros que devem publicizar as ações do governo são sinais claros de uma gestão desorganizada. Adicionalmente, não ter parâmetros claros para determinar os valores destinados a cada veículo de comunicação é uma prática que gera desconfiança e prejudica a transparência.

A Constituição Federal é clara quanto à publicidade dos atos administrativos: “A administração pública deve divulgar amplamente os seus atos, principalmente quando afetarem individualmente os administrados. A publicidade deve ter caráter informativo, educativo ou de orientação social, e não pode promover pessoalmente autoridades ou servidores públicos.”

E por falar em promoção pessoal, é curioso observar como algumas pessoas utilizam cargos de confiança para autopromoção, desviando o foco das reais necessidades da população. Mas isso, sem dúvida, merece ser tema de uma análise mais aprofundada em uma próxima matéria.

No fim, fica a reflexão: quem está em posição de cobrar imparcialidade deveria, primeiro, ser exemplo de compromisso, organização e respeito ao interesse público.

Redator : David Reis

PERIGO A VISTA: PROPOSTA DA VLI E SEUS IMPACTOS SOBRE A FIOL E O FUTURO PORTO SUL EM ILHÉUS

A recente proposta da VLI S.A. apresentada à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), visando modificar o contrato de concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), suscita preocupações relevantes, principalmente em relação aos impactos para outras ferrovias, como a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), e para projetos estratégicos, como o Porto Sul em Ilhéus. Ao propor a redução da malha ferroviária e a adequação de bitola em determinados trechos, a VLI, embora tenha motivos internos para essa decisão, coloca em risco a eficiência logística do Brasil, prejudicando diretamente o desenvolvimento de regiões dependentes do transporte ferroviário.

A VLI é uma das maiores operadoras de logística integrada do Brasil, com controle de uma vasta rede de ativos ferroviários, portuários e intermodais. Sua malha ferroviária abrange cerca de 8.000 km por meio da FCA e da Ferrovia Norte-Sul (FNS), além de operar em estados estratégicos para o escoamento de minérios, grãos e produtos siderúrgicos. O peso econômico e estratégico da VLI é reforçado por sua estrutura acionária robusta, composta por grandes players como Brookfield, Vale, BNDES e Mitsui.

Por outro lado, a FIOL, ainda em construção, é essencial para o desenvolvimento do Corredor Oeste-Leste, ligando o interior produtivo do Brasil ao Porto Sul, em Ilhéus. Como sabemos, este projeto visa consolidar um corredor logístico para exportação de minério de ferro, grãos e outros produtos agrícolas, reduzindo custos e otimizando fluxos comerciais.

A proposta da VLI, que busca reduzir trechos da malha da FCA e alterar bitolas para unificação, pode gerar uma série de impactos negativos para a FIOL e, por consequência, para o Porto Sul.

O que à primeira vista pode parecer uma vantagem logística, e é, na visão da VLI, trás para a FIOL uma armadilha gigantesca. Vejamos: A FIOL foi projetada com bitola larga de1,60 m, enquanto grande parte da FCA utiliza bitola métrica de1,00 m. Alterações nas bitolas da FCA, alinhadas com a FIOL, inevitavelmente desviará cargas na confluência das duas ferrovias na altura de Tanhaçú, levando parte destas para o Porto de Aratú, que, por ser bem equipado para carga geral certamente absorverá grande fatia desse fluxo, que seria destinado ao Porto Sul. Até mesmo cargas de minério poderão ser desviadas, e nesse caso, "adeus Porto Sul".

A Bahia, estado que abrigará o Porto Sul, é altamente dependente de infraestrutura logística eficiente para escoar sua produção agrícola e mineral. Qualquer perda de eficiência ferroviária pode desestimular investimentos na região, comprometendo o potencial econômico e social do projeto FIOL-Porto Sul.

 

Embora a VLI tenha recursos e capacidade técnica consideráveis, sua proposta pode consolidar um modelo logístico que prioriza a viabilidade econômica de trechos menos lucrativos às custas do desvio de cargas para sua malha, prejudicando a FIOL, que ainda está em fase de implantação e necessita de um traçado robusto para garantir sua viabilidade econômica.

O Porto Sul, em Ilhéus, é um projeto estratégico não apenas para a Bahia, mas para o Brasil, oferecendo uma nova porta de saída para exportação de commodities e minérios do interior. Seu sucesso depende diretamente da eficiência da FIOL. Caso a VLI altere a bitola, o escoamento de cargas destinadas ao Porto Sul pode ser prejudicado, limitando a competitividade do porto e afetando negativamente sua viabilidade econômica.

A proposta da VLI para a FCA deve ser analisada com cautela pela ANTT, considerando os impactos sistêmicos para outras ferrovias e projetos logísticos no Brasil. FIOL é essencial para garantir um modelo logístico eficiente e competitivo, especialmente em um país de dimensões continentais como o Brasil.

Recomenda-se que a ANTT exija estudos mais aprofundados sobre os impactos dessa proposta no contexto da FIOL e do Porto Sul. Além disso, seria importante alinhar os projetos da VLI com a estratégia nacional de transporte, garantindo a compatibilidade técnica e a conectividade modal necessárias para o sucesso da logística integrada no Brasil. Apenas assim será possível evitar que decisões isoladas comprometam projetos estratégicos de longo prazo, como a FIOL e o Porto Sul, que são fundamentais para o desenvolvimento econômico e social da Bahia e do Brasil.

Como a proposta da VLI visa apenas seu interesse econômico, beneficiando suas operações e consequentemente gerando vantagem competitiva para o Porto de Aratú, que também é Bahia, quem nos defenderá? O prefeito eleito Valderico Junior pode abraçar essa causa e alertar sobre o risco que corremos.  

 

(*) Ex-secretário de Planejamento e Infraestrutura da Prefeitura de Ilhéus, Isaac Albagli

Ex-candidata a Vice-prefeita de Ilhéus pelo PL, Ruanna Rocha, se Desvincula de Nota do Presidente Thiago Martins

Eu, Ruanna Rocha de S. Ferreira, venho a público esclarecer que não estou de acordo com a nota publicada pelo presidente do Partido Liberal (PL) de Ilhéus, Thiago Martins, nesta data.

É importante destacar que, em nenhum momento, participei de negociações ou firmamento de acordos políticos com o prefeito eleito, Valderico Reis. A referida nota não representa a minha posição, tampouco fui informada ou envolvida nas supostas tratativas mencionadas.

Reforço que não corroborei e não corroboro com qualquer revisão de parcerias, uma vez que tais parcerias nunca foram realizadas por mim.

Acredito na renovação prometida pelo nosso prefeito eleito, Valderico Reis, e mantenho a esperança de que sua gestão será pautada pela transparência, pelo diálogo e pelo compromisso com os interesses de nossa cidade.

A minha conduta política sempre foi pautada pela responsabilidade, pelo respeito às minhas convicções e pela coerência com aquilo que defendo. Sendo assim, dissocio-me completamente do teor dessa nota e de quaisquer posicionamentos que nela constem.

Atenciosamente,
Ruanna Rocha de S. Ferreira

Editorial: O Abandono do Palácio do Paranaguá - As Árvores de Natal do Governo Marão

O Palácio do Paranaguá, um dos maiores ícones históricos de Ilhéus, é hoje um triste reflexo do descaso da atual gestão. Enquanto as árvores que crescem de suas paredes parecem tentar esconder as rachaduras da incompetência administrativa, a população assiste incrédula à negligência que transformou um patrimônio tão valioso em um símbolo do abandono.

Com um misto de ironia e revolta, moradores têm apelidado as plantas brotando do palácio de "árvores de Natal do governo Marão". Só falta mesmo a iluminação – que, aliás, também falta nas ruas, nos comércios e no brilho do progresso que Ilhéus tanto aguardava. Parece que o governo resolveu fazer das sombras a sua assinatura: apagado, desorientado e cego às demandas do povo.

Do Palácio ao Retrocesso

O Palácio do Paranaguá, que um dia foi o coração da administração pública, agora serve de lembrete constante de como uma gestão pode retroceder. Pior do que o abandono do prédio é o simbolismo da intenção do governo Marão de "encerrar sua gestão" entregando as chaves do palácio – como se fosse um presente de Natal ao retrocesso.

O que deveria ser um ponto de orgulho e um marco turístico é hoje o retrato de uma administração que perdeu o rumo. Pena que o mesmo povo que depositou tanta esperança no atual prefeito agora veja nele um reflexo do poder que cega. Ele achou que, fazendo o mínimo, o povo o trataria como máximo. Mas a arrogância foi uma árvore que cresceu muito mais rápido que as raízes da competência.

Graças ao "Papai Noel"

Ainda bem que, neste Natal, Ilhéus recebeu algo muito melhor do que árvores brotando das rachaduras. Graças ao bom Deus – e talvez ao Papai Noel – o povo escolheu a renovação para governar o futuro da cidade. Um novo gestor, com novas ideias, assume o desafio de apagar as marcas da gestão Marão e trazer luz para Ilhéus, não só nas ruas, mas também na esperança do povo.

O Palácio do Paranaguá pode ter sido abandonado, mas o futuro não precisa ser. Que este símbolo do retrocesso seja também o marco de um recomeço, onde as árvores de Natal da incompetência deem lugar às sementes do progresso e da renovação. A história nos ensinou uma lição, e, felizmente, o povo de Ilhéus já decidiu virar a página.

Manoelito Puentes

Editorial Manoelito Puentes: O Abandono do Patrimônio Histórico de Ilhéus

Ilhéus, cidade conhecida por sua rica história e legado cultural, tem visto parte de seu patrimônio histórico sofrer com o descaso e abandono. Um exemplo emblemático é a estátua do ex-governador Lomanto Júnior, localizada na Cabeça da Ponte, que há anos está danificada e esquecida pelas autoridades competentes.

A estátua, que deveria ser um símbolo de homenagem e orgulho para os ilheenses, encontra-se quebrada e sem qualquer tipo de manutenção. O cenário de abandono não apenas desrespeita a memória do ex-governador, mas também compromete a imagem da cidade como um importante polo turístico e cultural da Bahia.

Falta de preservação cultural

A situação da estátua reflete um problema maior: a ausência de políticas públicas efetivas voltadas à preservação do patrimônio histórico de Ilhéus. Outros pontos turísticos da cidade também enfrentam problemas de infraestrutura e abandono, o que prejudica o turismo e a valorização da identidade local.

Apelo à gestão municipal

Moradores e visitantes cobram respostas e ações da Prefeitura Municipal de Ilhéus, que tem o dever de zelar pelo patrimônio histórico e cultural da cidade. Projetos de restauração e valorização são fundamentais para evitar que símbolos históricos sejam completamente degradados.

O abandono da estátua de Lomanto Júnior é um chamado à reflexão sobre a importância de preservar a memória e o legado de Ilhéus. É preciso que as autoridades e a população se unam para garantir que as futuras gerações possam conhecer e valorizar a história que construiu a cidade.

E agora, Ilhéus?

Será que o município continuará negligenciando seu patrimônio histórico ou adotará medidas concretas para mudar esse cenário? O futuro da memória cultural da cidade depende das escolhas feitas hoje.

O Futuro Será Bem Melhor, Manoelito Puentes.

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