O caos virou rotina na Central de Abastecimento do Malhado, em Ilhéus. O local, abandonado e mal organizado, transforma-se em um verdadeiro furdunço, principalmente nas sextas, sábados e domingos, quando aumenta o fluxo de pessoas da sede e da zona rural, que vêm para comprar, vender ou simplesmente circular pelo espaço.
Trânsito sem controle e desrespeito às regras
Carros estacionados sobre calçadas, filas duplas, veículos de carga em pontos de ônibus e engarrafamentos intermináveis são apenas parte da bagunça. A situação se agrava ainda mais com a ausência de fiscalização. Um único senhor, sem ser agente de trânsito, tenta organizar o caos onde o poder público está ausente.
Demandas urgentes ignoradas
Entre as necessidades apontadas por moradores e comerciantes estão:
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Instalação de faixa elevada para pedestres em frente ao Big Meira;
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Definição de horários e áreas específicas para carga e descarga;
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Criação de vagas exclusivas para idosos e pessoas com deficiência;
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Construção de abrigo de ônibus para os passageiros da zona rural – promessa feita na época do aumento das passagens, mas até hoje não cumprida pelas empresas.
Ônibus quebrado e promessas não cumpridas
Neste sábado, um ônibus da linha Ribeirão Branco quebrou ainda na BA-001 e não chegou até a Central de Abastecimento. Essa é uma situação comum para quem depende do transporte coletivo, marcado por veículos velhos, sujos, inseguros e com quebras quase diárias. Mesmo diante dessa realidade precária, está em andamento a renovação do contrato com uma das concessionárias de transporte público, a São Miguel.
Avenida Uberlândia alagada e insegura
Na Avenida Uberlândia, um ponto de ônibus ganhou o apelido de “Lagoa Desencantada” – uma referência irônica à Lagoa Encantada – por causa da água acumulada que encharca quem espera o ônibus quando os veículos passam. A via, segundo os moradores, deveria ser de mão única no sentido da Avenida ACM.
Buracos, esgoto e perigo na Avenida Ubaitaba
Já na Avenida Ubaitaba, buracos e esgotos a céu aberto dividem espaço com um trânsito desordenado. A comparação com o tráfego caótico de países asiáticos é inevitável – só faltam camelos e elefantes. Moradores também reivindicam uma faixa elevada em frente ao ponto de venda de carvão, já que a sinalização existente está apagada e os motoristas não respeitam a travessia de pedestres.
Enquanto não chega a renovação da infraestrutura nessa importante artéria da cidade, o povo continua sofrendo as agruras causadas pela falta de atenção e competência do poder público.